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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Princípios Básicos para a leitura Bíblica

Fonte:http://freebiblecommentary.org
Estes princípios não são de minha autoria, mas extraídos do site acima.
Apenas estou compartilhando do que me está sendo útil. Minha única intenção
é compartilhar-lhes aprendizados adquiridos em minha vida.

Primeiro Princípio
O primeiro princípio é notar o contexto histórico em que um livro bíblico foi escrito e a ocasião histórica
específica de sua autoria. O autor original tinha um propósito, uma mensagem a comunicar. O
texto nunca pode significar para nós algo que não significava para o autor inspirado, original. A chave é
a intenção dele – não a nossa necessidade histórica, emocional, cultural e pessoal ou denominacional. A
aplicação é parte integrante da interpretação, mas a interpretação sempre tem que preceder a aplicação.
Tem que ser reiterado que todo texto bíblico tem um significado e somente um. Este significado é o que
o autor bíblico original pretendeu comunicar ao seu tempo, através da liderança do Espírito. Este significado
pode ter muitas aplicações possíveis, em diferentes culturas e situações. Essas aplicações têm que
estar ligadas à verdade central original do autor. Por esta razão, este guia de estudo e comentário foi
planejado para prover uma introdução a cada livro da Bíblia.
Segundo princípio
O segundo princípio é identificar as unidades literárias. Cada livro bíblico é um documento único.
Intérpretes não têm o direito de isolar um aspecto da verdade pela exclusão de outros. Portanto, temos
que nos esforçar para entender o propósito do livro bíblico todo, antes de interpretar as unidades literárias
individuais. As partes individuais – capítulos, parágrafos ou versos – não podem significar o que a
unidade toda não significa. A interpretação tem que se mover de uma abordagem dedutiva do todo para
uma abordagem indutiva das partes. Portanto, este comentário e guia de estudo foi planejado para ajudar
o estudante a analisar a estrutura de cada unidade literária por parágrafos. A divisão em parágrafos e capítulos não é inspirada, mas nos ajuda a identificar as unidades de pensamento.
Interpretar no nível de parágrafo (não de sentença, oração, frase ou palavra) é a chave para acompanhar
o significado bíblico pretendido pelo autor. Parágrafos são baseados em um assunto único, freqüentemente
chamado de tema ou tópico. Cada palavra, frase, oração e sentença no parágrafo se relaciona de
alguma forma com o seu tema único, limitando, expandindo, explicando e/ou questionando. A chave real
para a interpretação adequada é acompanhar o pensamento original do autor na base de parágrafo-porparágrafo, através das unidades literárias individuais que formam o livro bíblico. Este comentário e guia
de estudo foi planejado para ajudar o estudante a conseguir isso, comparando traduções modernas. Essas
traduções (1) foram selecionadas por utilizarem diferentes teorias de tradução:

1. O texto grego da Sociedade Bíblica Unida é a quarta edição revisada (UBS4). Este texto foi dividido
em parágrafos por estudiosos de textos modernos.
2. A New King James Version (NKJV) é uma tradução literal palavra por palavra, com base no
manuscrito grego tradicional conhecido como Textus Receptus. Sua divisão em parágrafos é
mais longa do que nas outras traduções. Essas unidades mais longas ajudam o estudante a ver
cada tópico como um todo.
3. A New Revised Standard Version (NRSV) é uma tradução modificada palavra por palavra. Ela
forma um ponto intermediário entre as duas versões modernas seguintes. Sua divisão por parágrafos
é muito útil na identificação dos assuntos.
4. A Today's Inglês Version (TEV) é uma tradução dinâmica equivalente, publicada pelas Sociedades
Bíblicas Unidas. É uma tentativa de traduzir a Bíblia de forma que um leitor ou palestrante
moderno possa entender o significado do texto grego. Freqüentemente, especialmente
nos Evangelhos, ela divide os parágrafos quando muda a pessoa que fala, ao invés de dividir
por assunto, como também faz a Nova Versão Internacional (NVI). Para fins de interpretação,
isso não ajuda. É interessante notar que tanto a UBS4 quanto a TEV foram publicadas pela
mesma entidade, mas sua divisão em parágrafos é diferente.
5. A Bíblia de Jerusalém (BJ) é uma tradução dinâmica equivalente baseada numa tradução católica
francesa. É muito útil para comparar a divisão em parágrafos a partir de uma perspectiva européia.
6. O texto impresso é da New American Standard Bíblia (NASB) atualizada, de 1995, uma tradução
palavra-por-palavra. Os comentários versículo-por-versículo seguem sua divisão em parágrafos.

Terceiro Princípio
O terceiro princípio é ler a Bíblia em diferentes traduções de modo a tirar a maior amplitude possível
de significado (campo semântico) que as palavras ou frases bíblicas possam ter. Freqüentemente
uma frase ou palavra pode ser entendida de diversas formas. Essas diferentes traduções mostram tais opções
e ajudam a identificar e explicar as variações do manuscrito grego. Elas não afetam a doutrina, mas
nos ajudam a tentar compreender o texto original que o antigo escritor escreveu por inspiração.
Este comentário oferece uma forma rápida para o estudante analisar suas interpretações. Não pretende
ser definitivo, mas informativo e estimulante do pensamento. Freqüentemente, a possibilidade de
outras interpretações nos ajuda a não sermos paroquiais, dogmáticos e denominacionais demais. Intérpretes
precisam ter um campo maior de escolhas de interpretação para reconhecer o quanto o texto antigo
pode ser ambíguo. É chocante quão pouco acordo existe entre os cristãos que afirmam que a Bíblia é
a fonte da verdade para eles.
Estes princípios têm me ajudado a superar muito do meu condicionamento histórico, forçando-me a
lutar sobre o texto antigo. Minha esperança é que seja uma bênção para você também.

Podemos conhecer a verdade? Onde ela é encontrada? Podemos conferir pela lógica? Existe uma
autoridade final? Existem parâmetros absolutos que podem guiar nossas vidas, nosso mundo? Existe
sentido para a vida? Por que estamos aqui? Para onde vamos?
As questões anteriores são perguntas com que todos os seres racionais se deparam e têm assombrado
o intelecto humano desde o início dos tempos (Eccl. 1.13-18; 3.9-11). Posso lembrar minha busca
pessoal por um ponto central que integrasse a minha vida. Tornei-me um crente em Cristo muito cedo,
baseado primariamente no testemunho de pessoas significativas de minha própria família. Quando cheguei
à idade adulta, aumentaram as questões a respeito de mim mesmo e de meu mundo. Os meros clichês
culturais e religiosos não deram sentido às experiências que enfrentei ou sobre as quais li. Foi um
tempo de confusão, busca e espera, freqüentemente com um sentimento de desesperança diante do mundo
insensível e duro em que vivia.
Muitos diziam ter respostas para estas questões importantíssimas, porém, depois de pesquisar e refletir,
descobri que as respostas deles estavam baseadas em (1) filosofias pessoais, (2) mitos antigos, (3)
experiências pessoais ou (4) projeções psicológicas. Eu precisava de certo grau de verificabilidade, alguma
evidência, alguma racionalidade na qual basear minha visão de mundo, meu foco, minha razão para
viver.
Encontrei tudo isso nos meus estudos da Bíblia. Comecei a procurar a evidência da confiabilidade,
o que encontrei (1) na confiabilidade histórica da Bíblia confirmada pela arqueologia, (2) a precisão das
profecias do Velho Testamento, (3) a unidade da mensagem da Bíblia nos mil e seiscentos anos de sua
produção e (4) o testemunho pessoal de pessoas cujas vidas foram permanentemente mudadas pelo contato
com a Bíblia. O Cristianismo, como um sistema de fé e crença único, tem a habilidade de lidar com
questões complexas da vida humana. Não apenas isto proporciona uma estrutura racional, mas o aspecto
experimental da fé bíblica trouxe-me alegria e estabilidade emocional.
Pensei que tinha encontrado o foco central para minha vida – Cristo, como entendido através das
Escrituras. Foi uma experiência racional e uma libertação emocional. Contudo, ainda posso lembrar do
choque e sofrimento quando começou a raiar em mim a realidade de quantas diferentes interpretações
deste livro eram defendidas, às vezes até nas mesmas igrejas e escolas de pensamento afirmando que a
inspiração e confiabilidade da Bíblia não era o fim, mas apenas o começo.
Como foi que validei ou que rejeitei as várias interpretações conflitantes das muitas passagens difíceis
das Escrituras, feitas por aqueles que declaravam autoridade e confiabilidade?
Esta tarefa tornou-se o meu objetivo de vida e peregrinação de fé. Eu sabia que minha fé em Cristo
(1) trouxe me grande paz e alegria. Minha alma ansiava por verdades absolutas no meio da relatividade
de minha cultura (pós-modernidade); (2) o dogmatismo dos sistemas religiosos conflitantes (religiões do
mundo); e (3) da arrogância denominacional. Em minha busca por abordagens válidas na interpretação
da literatura antiga, fui surpreendido ao descobrir minhas próprias inclinações históricas, culturais, denominacionais
e experimentais. Freqüentemente tinha lido a Bíblia apenas para reforçar meus próprios
pontos-de-vista e a usei como uma fonte de dogma para atacar outros, enquanto reafirmava minhas próprias
inseguranças e inadequação. Compreender isso foi muito duro!
Embora talvez eu nunca chegue a ser totalmente objetivo, posso tornar-me melhor leitor da Bíblia.
Posso limitar minhas tendências, identificando-as e reconhecendo sua presença. Ainda não estou livre
delas, mas confrontado minhas próprias fraquezas. O intérprete é freqüentemente o pior inimigo da boa
leitura bíblica!

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